As biografias são obras dedicadas a contar a história da vida de alguém, o que costuma ser feito com pessoas importantes para diferentes ramos, seja na arte, na ciência, no entretenimento ou até em alguns ramos profissionais. Quando a história é contada pela própria pessoa que a viveu, temos em mãos uma autobiografia.
Seja qual for o caso, esse tipo de obra é bastante procurado por pessoas que desejam encontrar um pouco de inspiração na trajetória de quem admiram.
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Tudo começou quando ela curtia as minhas publicações e comentava sempre nas minhas fotos. Cada vez que eu recebia as notificações dela, chamava mais a minha atenção, um dia decidi lhe enviar uma mensagem. Não demorou, ela me respondeu, começamos a trocar mensagens, ela me contou de todas as suas dificuldades, ela perdeu pai quando tinha 4 anos de idade, a sua mãe batalhou bastante para lhe pagar a escola, mas infelizmente ela não concluiu o ensino médio. Acontece que: num belo dia decidimos nos encontrar, marcamos um encontro, nos encontramos e fomos para um restaurante, ela me contou mais sobre ela de uma forma profunda, ela dizia; Eu já sofri muito nesta vida, só quero alguém que ame de verdade, não me preocupo com bens, pois eu nunca tive nada na minha infância, já estou habituada... Essas palavras mexeu com a minha estrutura e com o meu coração. Depois do restaurante, assim que Cheguei em casa, eu não parava de pensar nela, de repente ela liga; Al...
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Escrito e enviado na data de 15/08/2023 : por Zé Peão de Pedro do Rosário.
Tudo bom meu povo, há quanto tempo não sento com calma para "relembra" uns casus do tempo que eu era novo! Ando ocupado com meus afazeres do dia-dia, mas sempre que tenho um tempo sobrando, pego uma caneca de café quentinho, acendo um cachimbo cubano e vou ler umas poesia... É de conhecimento dos que acompanham meus casos, que sou um sujeito nascido em fazenda, chegando ao mundo pelas mãos de uma parteira, e tendo como pediatra um índio que trabalhava com meu pai.
Cresci naquele regime de boi e pasto, domando tropas, trabalhando muito para não deixar a peteca cair. Para alguém que nasceu nos anos 60, me considero "evoluído", mas só um pouco! Alguns costumes de hoje em dia, não me parecem muito bons, mas esta é a vida e de uma certa forma temos que aceitar. Revirando em minhas memórias, coisa que se faz com certa frequência depois dos 50 anos, e como diria meu finado avô: - É meu fio, nóis véio só faiz alembra e pensá, pensá e alembra… É bem isso mesmo! Lembrei de uma das minhas muitas aventuras do período em que eu era jovem, faceiro, olhar esperto, piscadelas ligeiras, sorrisão fácil, sempre pronto para um esfrega-esfrega sacados, com a mente cheia de intenções pecaminentas! Perdi a conta de quantas vezes fui até a vila montado a cavalo, mostrando o porte físico de belas compleições que herdei dos meus antepassados vindos da Itália. Sou uma mistura daquela gente, tendo um pé da Sicília e outro em Pádua… Era uma época dessas de junho para julho, muitas quermesses na região, arraiais aqui e acolá, fogueiras, danças de quadrilhas, barracas de lanches e pastéis, quentão, vinho quente com maçã e outros comes e bebes típicos destes festejos caipiras. Sempre fui meio quadradão, e gostava de chegar na cidade à cavalo, mesmo tendo veículos à minha disposição e dinheiro para custear minhas andanças em busca de "lindas mulheres faceiras"... Minhas queridas irmãs estavam afoitas com as festas, adoravam olhar os enfeites de São João, bandeirolas, roupas coloridas das quadrilhas, principalmente os doces que eram vendidos nas barracas, e aqueles brinquedos "vagabundos" ofertados em saquinhos transparentes... Meus pais sempre iam mais cedo para a cidade, minha mãe gostava de acompanhar as missas e depois participar dos bingos, que naquela região repleta de italianos, era chamado de "tombola". Os prêmios variavam de frangos assados com recheio de farofa com muitas azeitonas na "cinquina",ou leitoas assadas na cartela cheia. Nos sorteios "relâmpagos", onde o ganhador precisava acertar apenas cinco números em linha, se disputavam panelas de pressão, cortes de tecidos finos, chapéus, botinas, perfumes, jogos de faca... Meu pai, tio e muitos outros pecuaristas da região faziam doações para a festa da igreja. As doações eram garrotes, novilhas, cavalos… Sempre na última rodada, era oferecido como prêmio um animal. Não era raro alguém mais abastado ganhar o prêmio e ofertar novamente para nova rodada do jogo. Assim, a Santa Igreja Católica engordava os cofres da paróquia. Geralmente nos domingos à tarde ocorria o leilão, e ali se via a caipirada mostrando sua submissão à santa igreja… Davam lances altíssimos no gado, e ao ofertarem somas absurdas, olhavam orgulhosos para as mesas ao lado, demonstrando uma bondade e humildade que realmente não possuíam. Nem preciso dizer que o gaiato do meu tio faltava pouco para ter convulsões de tanto rir, e meio fora de hora, às vezes soltava essa: - Recebe o boi antes de embarcar, essa daí não paga ninguém direito… Minha mãe e tia ficavam furiosas, o povo olhava torto, meu pai e irmãs riam de chorar das palhaçadas do velho Brandão. Quem realizava o leilão, era sempre algum dos vereadores da cidade, que utilizava o microfone para fazer política, era engraçado. E quando ouviam meu tio soltar uma "gracinha", falava em tom ameno: - Calma senhores, vamos manter a compostura… a festa é para ajudar a paróquia… O tio respondeu uma vez: - Tadim do Papa, tá pobrim o coitado… para de enrolação em fala logo esse caraiu de leilão, e se me oiá torto otra vêiz, eu vô aí em cima... Naquela ocasião ninguém mais quis olhar torto pro meu tio, só minha mãe e tia! O Brandão olhava pra mim, meu pai, e irmãs, dava piscadas e soltava fumaça com o cigarro! Meu pai escondia o rosto, roxo de tanto dar risada! Meu tio achava um absurdo participar daquelas festas, e ainda doar alguma coisa para os ttesoureiros fazer sabe lá o quê com aquela soma altíssima de dinheiro. Mas fazia as vontades da minha tia, mulher muito bondosa e católica até dizer chega! Em casa agente comentava o que será que faziam com aqueles dinheiros, pois os salões paroquiais estavam sempre em reformas que nunca acabavam. E quando faziam alguma reforma ou pintura, nem se passava seis meses, achavam algum defeito, e tome obras de reforma outra vez... Já contei em outros causos que meu pai e tio ajudavam um sem tanto de pessoas, pagando contas, mandando levar mantimentos, mas tudo na moita, sem alarde, afinal de contas, mesmo sendo um "pecador talarico, fazia sua parte como ser humano bem intencionado, sem querer levar créditos. Nunca souberam disso, mas em nossa região, meu amado tio e o pai, doavam somas em dinheiro e matavam bois no açougue do avô do meu amigo, o Joãozinho, e mandavam entregar nos azilos e orfanatos. Tudo era na moita, e o avô do João mandava entregar. Mas éramos considerados por boa parte da "boa" gente católica do lugar como safados, grosseiros, sem modos! Lembro que alguns faziam piada pelas nossas costas, dizendo que meu pai mantinha um índio como "escravo"! Poucos que nos conheciam sabiam da história de como meu avô, pai e tio haviam encontrado o índio Miguelito, o livrando de morte certa pelas mãos de um jagunço lá pras bandas do velho Mato Grosso. Contei esse causo na história Recordações de um Passado longe. Bom, meu pai era da mesma opinião do tio, mas também cedia aos apelos de minha mãe, que era possuidora de uma fé sincera! Meu tio havia chegado em nossa fazenda, estava arrumado, camisa branca, chapéu novo, cheiroso igual uma rapariga. Assim que estacionou a caminhonete embaixo da velha Sete Copas, fez aquela algazarra… buzinando, assobiando e querendo saber onde estavam seus sobrinhos! Minhas irmãs saíram correndo, indo abraçar e tomar a bênção dos nossos tios queridos. Eu estava terminando de almoçar, lembro que naquelas épocas eu não comia no alpendre, pois sempre havia uma ventinho frio soprando, e aquilo enchia o prato de areia e folhas! Recordo que o Miguelito estava passando um tempo em uma fazendinha que meu pai havia arrendado, deixando o nosso amigo índio cuidando de tudo naquele retiro. Era o homem de confiança do meu pai! Assim que meu amado tio chegou na porta da cozinha, me vendo sentado "derrubando" um pratão de comida, falou em tom de piada: - Então o nenê tá papando ainda, tadinho do meu lôrim, como tá fraquinho… Ele era sarrista demais! Era a mesma coisa todas as vezes. Chegava em mim, bagunçava meus cabelos com aquela mão que parecia uma pata de onça, e ficava me admirando. Ah que saudade! Mais cedo estive campeando a boiada com apeonada, por isso demorei um pouco além da conta curando uns bois, e não iria com eles para a festança. Meu tio queria saber quais eram meus planos para o logo mais. Matei mais uma garfada e falei com cara muito séria: - O tio, vou mais tarde e de cavalo, quero chegar à moda antiga, e vou levar o rosário… Quero rezar um pouco! Meu tio soltou uma gargalhada daquelas de estremecer as travessas do telhado, fazendo voar morcego, disse que não iria me dar uns tapas por eu estar almoçando. Logo chega minha irmã mais nova esticando os bracinhos, pedindo colo pro meu tio. Assim que ela pendurou no seu pescoço, ficou fazendo bico, lamentando: - Oh tio, o Beto vai é namora, isso sim… ele vai pegá os cavalo maluco dele e vai daninhá na cidade… nem qué sabe de brinca comigo e comprá doce pra mim… Meu tio ria da ciumeira da pequena, que ficava roxa falando, e lamentando-se da minha falta de atenção com ela. Confesso que não ficava empolgado em me imaginar cuidando de criança em uma festa cheia de moças de toda região e de outras cidades. Havia terminado o almoço, minha mãe e irmãs estavam arrumadas, e logo meu pai apareceu. Ele e meu tio, além de irmãos eram melhores amigos, e sempre se cumprimentavam com apertos de mãos estalados que doíam só de olhar! Saíram logo após, me deixando sozinho na fazenda, com a cabeça cheia de más intenções com as moças que eu iria encontrar na festa. Fui até o alpendre olhar minha familia partir rumo à cidade, o vento fazia as folhas caídas pelo terreiro rolarem, fazendo montes nos cantos da casa, varanda, beiras de cerca… Mesmo no inverno, aquela região ficava linda. Os Ipês, que eram muitos no oeste paulista, davam um espetáculo à parte destacando-se das demais árvores. Era um deslumbre aquela nuance de cores que variavam de flores brancas, rosas e as lindíssimas amarelas. Falo sem receio, minha árvore favorita é o Ipê amarelo! Fumei um cigarro, comi um doce, afinal eu era e ainda sou "veiaco", e sempre que vou para uma festa, costumo comer alguma coisa antes. Parece loucura, mas meu avô ensinava assim: - Come arguma coisa antes de tocá pra festa… vai que a comida num é boa, ocê fica de bucho roncânu depois… Dei mais um tempo, devia ser umas 14:00 hs. Fui tocar a tropa até a remanga do curral e escolher um animal para me levar até a festa. Não tive muito que pensar, e escolhi o meu castanho Ligeiro. Um dos melhores cavalos que tive em toda minha vida de pecuarista e dono de tropas. Só faltava "falar" aquele cavalo, de tão ensinado! Naquela época, os sitiantes e fazendeiros que não estavam atentos, por conta da seca e tempo um pouco mais frio, as pastagens ficavam baqueadas, deixando as tropas e boiadas magras. Não era o nosso caso, e meu pai e tio gastavam sem dó com rações e milho para nossa criação. Nossos cavalos eram sempre gordos, pêlos brilhando, bem casqueados e tosados com capricho. Sem falar nas "mandingas" e magias do velho índio Miguelito… Levei pelo cabresto o Castanho até o galpão das tralhas de arreios. Escolhi meus apetrechos mais bonitos para aquele passeio. Em tais ocasiões eu arriava meus cavalos com as tralhas de alpaca. Era burçal, cabeçada, freio e peiteira feitas com argolas e virolas deste metal, a alpaca. Deixei o Castanho Ligeiro bem "traiado", arreio cutiano juncão pantaneiro, pelego macio e baldrana em vaqueta macia amarelinha, porta capa e um laço de mateiro arrumado em três rodilhas na anca do meu cavalão. Deixei o Castanho na porta de casa me esperando e fui me arrumar. Escolhi uma camisa branca, para ficar igual ao meu tio herói, calça rancheira nova que era Wrangler, Lee ou Lévi-Strauss. Quem tem mais de 50 anos vai se lembrar destas marcas! Cinta de couro com tala larga preta, fivelão boiadeiro de alpaca, botinas pretas cano longo, lenço preto bordado em detalhes brancos e chapéu preto para completar o traje do cowboy. Tomei um banho quentinho, fiz a barba, fiquei cheiroso igual uma quenga. Eu caprichava no perfume para aquelas ocasiões… Lembro que às vezes passava um pouco da loção pós barba que meu pai usava, no lenço, para completar a coisa toda. Peguei minha carteira, coloquei uma boa soma de dinheiro, cigarros e meus halls cereja, fechei a casa, deixei as luzes do terreiro ligadas e fui até meu "veículo" Castanho. Antes de ganhar o arreio, calcei minhas esporas de alpaca, herança do meu finado avô, pai da minha mãe, vesti a calça de couro para não sujar a barra da calça com o suor salino do cavalo, arrumei no porta capa uma jaqueta de couro preta forrada por dentro. Naquela época, as noites costumavam ficar bem mais frias. Toda vida odiei passar frio! Soltei o cavalo do esteio de aroeira do alpendre, arrumei o cabo do buçal (cabresto) por baixo dos pelegos, coloquei o pé esquerdo no estribo e ganhei lombo no meu companheiro de jornadas. Naquele ano, havia uma família trabalhando com meu pai. Moravam em duas das casas da colônia da fazenda do meu velho. Eles não tardaram sair para a festa. O senhor tinha uma filha casada com um rapaz bom de serviço, que também trabalhava como peão boiadeiro para nós. Sairam instantes antes, fazendo voar poeira com a Rural Willys verde de propriedade do velho cavaleiro. Passaram por mim buzinando, fazendo gracejos… Saí em passo lento, sem pressa, fechei a porteira que beirava a estrada de rodagem, e saí trotando com calma. Era a mesma rotina de sempre, pegava o caminho, olhava o relógio, batia a mão no bolso, pegava um cigarro, levava à boca e riscava a binga, fazendo fumaça no Marlboro vermelho… Devia ser umas 16:00hs, não mais que isso. A festa devia estar a 1000 por hora, com todas as barracas lotadas em torno da velha Matriz, na rua de trás, no rumo onde ficava a sorveteria, local de terrenos grandes e Máquinas beneficiadoras de grãos, o parque com brinquedos e a famosa roda gigante. Pelo caminho, passaram muitos dos nossos conhecidos em carros, caminhonetes e caminhões das fazendas vizinhas que levavam os colonos para se divertirem nos festejos de São João. Todo mundo buzinava e acenava as mãos. Alguns gritavam dizendo : - "logo mais nóis se vê na festa"... "Aôôô doido, vâmu logo moço"... Tenho saudades daquilo… À as vezes eu precisava esbarrar o cavalo nas rédeas esperando o poeirão abaixar, só para depois dar um leve toque de esporas fazendo meu cavalão pegar rotina na boiadeira (velha estrada de terra). Minha cabeça fervilhava pensando nas coroas-(mulher madura) que estariam por lá. Juro à vocês que sempre senti um frio na barriga naqueles momentos que antecediam paqueras... Segui tranquilo, pois de toda a região eu era o retardatário. Sempre fui meio diferente, à moda antiga, causando certa perplexidade no povo na região. Consideravam um absurdo, eu sendo filho de um conhecido fazendeiro pecuarista da região, chegar à cavalo na cidade, cortando léguas no trote como faziam os pioneiros daquela região. Meu pai e tios adoravam meu estilo, e não me questionavam, limitavam-se a dizer orgulhosos: - O Beto é dos nosso, bem sertanejão mêmu… O povo tinha uma baita inveja, isso sim. Meus familiares não viviam com as ceroulas penduradas em empréstimos bancários com juros calculados pelo próprio satanás. Pagavam tudo e todos em dia, de forma justa, devo destacar! Quem fosse trabalhar para eles, sendo esforçado, honesto, sempre eram recompensados! Assim falavam meu tio e pai, tendo aprendido com o pai deles: - Ocêis seja honesto, bão pagadô, que as coisa só dá certo na vida! Sábios caipiras sem modos! Após parada estratégica para uma mijada boa ao lado de uma velha árvore que em minha região à chamávamos de Farinha-Seca, apertei as barrigueiras do arreio, conferi meus apetrechos, arrumei meu "mangote" dentro da zorba, ganhei lombo e segui meu rumo. Uma observação: sempre que eu parava naquele lugar indo para algum "esquema", quando acabava de correr mundo a fora, balançava as rédeas do meu azalão falando com meu companheiro de safadezas: - "é hoje bichão". Kkkkkkkk A tarde ia caindo lenta, lá pras bandas do oeste poente, o céu estava ficando avermelhado… Como era lindo o pôr do sol da minha região. Meu amado Oeste Paulista! Apesar de sempre ter gostado mais do amanhecer, a alvorada! Assim que encontrei meu atalho no meio do roçado, fui devagar com o cavalo. Era terra tombada, meio fofa, e isso cansa muito a montaria se apertar o passo do cavalo. Nem meia hora depois alcancei o velho cafezal… mais alguns minutos e já pude ouvir os barulhos da festa que atingiam aquela saída da vila. Desci o trieiro no meio do barranco vermelho, peguei trecho beirando o velho asfalto esburacado, e fui analisando a vilinha. Alguns minutos depois, alcançamos o bebedouro municipal, onde cavaleiros viajantes e carroceiros matavam a sede de seus animais. O local estava vazio, as casas fechadas, nem cachorro se encontrava pelas ruas. Todos estavam na festa! Após matar a sede do meu cavalo, quebrei rédeas à esquerda e subi trotando até a rotatória daquela rua, local próximo onde morava uma moça que eu nem sabia que um dia iria namorar! Passei a rotatória que era feita em pedras redondas iguais aos cascos de jabutis pintados em amarelo reluzente. Desci o avenidão no passo lento, e a cada metro eu conseguia observar o movimento mais à frente. O cheiro de milho assado, pamonhas, churrasquinho, linguiça, quentão e tudo quanto há em uma festa daquelas começava a alcançar minhas narinas. Alguns dos meus conhecidos deram as caras e logo fui cercado por uma turma. Um ou outro sempre faziam essa observação: - Só o Betão pra vim de onde ele mora montado à cavalo em um dia de festa na Vila… o doido acha que tá nos tempo do Dom Pedro… Rachavam de rir da cara e pose que eu fazia por cima dos arreios, dando de ombro! Descemos mais uns três quarteirões e logo alcançamos o entorno da velha praça da Matriz. Lembro que aquilo estava LOTAAAADO de gente! Eu igual cachorro em procissão, não sabia pra onde olhar. Era muita mulher esparramada para tudo que era canto. Umas conhecidas de vista, outras da minha gente, e uma quantia absurda de visitantes de cidades vizinhas. Confesso a vocês que eu fazia aquilo de propósito, para atrair a atenção das moças, que me viam passando montado em um belo animal, trocando cutucões, cochichando, risinhos, lançando olhares que faziam promessas… Pior que também atraía olhares dos pais atentos, maridos raivosos, noivos preocupados e namorados enciumados. Kkkkkkkk Sei que era muita "muié boa" naquela festa! Famílias caminhando unidas, casais de mãos dadas, molecadinha com as bocas e bochechas melecadas de açúcar vermelho das maçãs do amor, sacos de pipoca, palhas de pamonhas espalhadas pelas ruas… Do alto de minha montaria, cacei com os olhos minha família "buscapé". Sem sucesso os procurei, havia muita gente no local… Disse pros meus jovens companheiros que eu ia dar um giro em volta da "bagunça", e logo encontraria com todos. Fui à esquerda, tomando cuidado com o povo e as crianças que corriam por todos os lados, subi margeando o lado de trás da velha igreja, logo rompi na rua de cima. Não havia um pau para amarrar uma cabrita, tanto eram os carros e carroças estacionadas em tudo que era canto. Logo fui reparando nas belas donzelas que circulavam pra lá e pra cá. Algumas me dirigiam olhares e sorrisos. Eu cordialmente como um bom projeto de cafajeste que era, retribuía com piscadas, sorrisos sinceros, toques na aba do meu chapéu preto… Eu amava aquela paquerinha, e não tardava as trocas de olhares eram intensas a ponto de se apaixonar. Meu cavalão revirava pra lá e pra car com a professora nas ventas dentro da zorba, dando sinais de vida, pressentindo "EGUA" para se aninhar! Kkkkkkkkk Parei o cavalo na beira da praça, em frente onde havia uma oficina de carroças e charretes. Pela topografia da rua, aquela parte era mais elevada, possibilitando observar tudo e todos, ainda mais estando no alto do meu cavalo. E tinha gente chegando e entupindo a praça. Em frente às portas do velho templo católico, havia uma barraca em lona alaranjada, feita em duas águas, dentro estava o padre, e um bom tanto bando de puxa-saco das "boas famílias" cristãs… Uma aparelhagem de som, um dos políticos do município falando ao microfone agradecendo aos apoiadores e colaboradores… Em frente ao palco da barraca, espalhadas pelas alamedas da praça, umas 200 mesas e cadeiras de lata, ou mais, e a boa gente católica sentada em volta, risos, copos de cerveja, tubainas, frangos assados, coxinhas, doces e tudo quanto havia para se comer espalhados pelas mesas. Pelos meios das mesas, circulando como loucos, voluntários vestidos com camisetas e aventais da paróquia, trabalhando como garçons, acudindo o povo que tinha sede e fome… Minha família sempre tinha quatro mesas na festa, que eram reservadas para aquelas que doavam bois para as rodadas do bingo, leilão e rifas! Acendi um cigarro e fiquei observando aquele povaréu todo. O barulho era absurdo! Logo o presidente da Câmara Municipal, tio de um certo molecão tonto que media uns 2 metros de altura, magrelão folgado pra caramba que um dia eu cobriria no tapa, e o cú de chutes, iniciou a leitura dos nomes daqueles que haviam doado bois para a festa. Demorou um pouco, e logo que falou o nome do meu pai, e tio, ouvi o Brandão dando um grito e assobiando alto no meio do povo. Eu havia encontrado meus familiares! Estavam no miolo de onde estavam as mesas. Vi minha tia dando cutucão nas costelas do meu velho tio, para ele parar com aquela bagunça. Conhecendo o Branco, já devia estar com umas pingas "esquentando o calo"! Meu pai rindo e falando com um outro velho boiadeiro bigodudo que usava um chapéu preto de abas largas parecendo um pneu de trator, que estava sentado ao lado com sua família. Era o famoso "Véio"... aquele que um dia foi meu mentor, patrão e melhor amigo! Minhas irmãs rindo das molecagens do meu tio, e minha mãe com aquela serenidade de sempre, observando tudo segurando um copinho de guaraná nas mãos! Puta que pariu, que saudade!!!!!! Em momentos assim, eu imaginava que aquilo nunca iria acabar… Resolvi apear de minha montaria, retirar minha calça de couro e esporas, deixando tudo arrumado e amarrado sobre meu cavalo. Estava começando a escurecer, as luzes foram acendendo nos postes, e a festa estava só começando… Dei mais um tempo por ali analisando tudo, depois fui até a casa do velho mecânico de carroças. Era velho conhecido de meu avô, e como estava com idade avançada, não costumavam tomar parte nos festejos do município. Bati palmas, precisei gritar, e logo o velho apareceu com cara de poucos amigos. Era rabugento de tudo! Não havia me reconhecido, mas assim que me apresentei, fui convidado a entrar no rancho da oficina. Expliquei que não queria deixar o cavalo amarrado em local muito distante da festa, e cordialmente me autorizou deixar o Ligeiro amarrado no lado de dentro do galpão da oficina. Disse que pagaria a estadia do cavalo, mas o velho nem quis saber daquilo, limitou-se a dizer para eu não perder tempo, e ir aproveitar a festa e namorar… Antes me alertou de como deixaria o trinco do portão encostado, para facilitar minha partida. O velho dormia cedo, e logo estaria no "berço". Me despedi do velho, sai para a rua, arrumei meu traje, acendi outro cigarro e fui encontrar com minha amada família. No trajeto encontrei colegas, amigas, amigos, umas biscates, outras mocinhas mais sérias… Ganhei abraços sinceros, sorrisos e muitos beijos no rosto. Lembro de todas dizendo o quanto eu estava cheiroso, principalmente as biscatinhas da região! Rompi no meio daquele povo todo com o rosto e pescoço cheio de marcas de batom, quando ouço anunciar no serviço de som da paróquia, que dali uma hora dariam início às vendas das cartelas do bingo, e logo depois iniciaram a leitura dos correios elegantes "falados". Quem não conhece o Correio Elegante, era assim: Você pagava pelo cartão, escrevia uma mensagem para a garota de sua escolha, e o serviço do correio elegante entregava o recado, ou liam a mensagem no auto-falante. Era um barato! Sem contar que eu e meus amigos sacaneavamos alguns da cidade, mandando recados para as namoradas dos folgados do lugar. E eram recadinhos anônimos, o que deixava os enciumados soltando fogo pelas ventas! Às vezes você contratava o serviço de receber uma resposta, aí se pagava "um cartão e meio"... Ah que saudade!!!! Iniciada a leitura dos recados, que variavam de mensagens em códigos, que só o destinatário e o remetente conheciam, elogios para as moças que estavam com um broche tal, um colar tal ou uma roupa que se destacava, cabelos presos ou soltos… Mensagens carinhosas, juras de amor… e óbvio que faziam uma triagem, evitando ler algum recado mais "inapropriado" perante a boa gente católica e do casto e pudico sacerdote do local. Não tardou, ouvi o locutor das missivas amorosas sorrir e comentar perto do microfone com as mulheres que separavam os bilhetinhos: - Mas quanto recado pra esse tal Betão… eita cavaleiro do chapéu preto… E iniciou a leitura! Havia recado de amor, pedidos de namoro, alertas de meninas ciumentas… Logo que souberam que era comigo aquela falação, alguns conhecidos começaram a tirar sarro da minha cara. Alguns passos a mais, pedindo licença para as pessoas que afastavam as cadeiras que impediam o acesso por entre as pessoas, cheguei onde estava minha família. Saudei a todos, notei que o nosso amigo, o Véio, havia juntado suas mesas às nossas, e foi com alegria que abracei a todos. Todos rindo da minha cara pelos recadinhos, menos minha irmã mais nova, tia e mãe. Com a cara fechada, estando séria, quase perdendo a esportiva, minha mãe me chamou até ela me fazendo abaixar o rosto… pegou um lenço e foi limpar as marcas de batom do meu rosto e pescoço… Fiquei sem graça, todo mundo olhando pra mim... já era bem crescido para aquilo, mas não me importei, fazendo cara de molecão inocente. Meu pai, tio e o Véio apelaram muito comigo! O último recado foi de uma pessoa que reconheci e soube quem era. Dizia mais ou menos assim: - Oi Beto, veio à cavalo para festa, vi você deixando seu Castanho amarrado na oficina… não esqueço aquela tarde na chuva… Santo Antônio é testemunha...ainda vamos nos casar nesta igreja, meu amado! Até gelei dentro das botinas ouvindo aquilo. E foi só apelação comigo. Meu tio quase caiu da cadeira de tanto rir, meu pai me mandando tomar tipo de homem! Fazia algum tempo o ocorrido entre eu e a remetente da mensagem falada... Era uma menina da cidade que o pai tinha um comércio, conheciam muuuuito minha família, e foi em um churrasco de aniversário em um sítio próximo a fazenda do meu tio onde aconteceu tudo. Pela amizade entre as famílias, e alguns amigos em comum, acabei sendo convidado para o aniversário da mãe dessa moça. A incauta tinha um jeitinho meio desengonçado, ajudava o pai no comércio, era inteligente, não era muito de sair aos finais de semana, e sempre que o fazia, era acompanhado pelos pais. Sendo bem sincero, nem sabia que havia despertado o interesse na menina. Eu havia ido sozinho, mas levando um presente que meus pais haviam mandado comprar, para não fazer desfeita. Quando cheguei no local da festa, fui recepcionado com toda educação, e logo foi chegando carne assada e uma cerveja gelada... A tal moça, que pouco conversava comigo, demonstrando uma "certa alegria", provavelmente causada pela cerveja, estando risonha, soltinha, veio ao meu encontro, me abraçou e tacou beijinhos estalados no rosto. Até aí tudo normal, eram os anfitriões da festa. .. Tudo era festa!!! Mas no decorrer do dia, a moça foi ficando ainda mais soltinha, sorrindo muito, e sempre que eu a procurava com os olhos, a danada estava me encarando. Mexia muito nos cabelos, arrumava a camiseta, alinhava a bermuda… literalmente me jogando um charme. Eu que sempre fui lampino igual um lambari de corredeira, tratei de entrar no jogo. E nessa de trocar olhares, sempre atento a tudo e todos, principalmente seus pais, fui reparando melhor na menina, que sempre dava um jeito de aparecer onde eu estava, seja pegando carne na beira da churrasqueira, ou fumando em volta da casa em algum lugar do terreiro. Apesar da cara de inocente, possuía uns pernão! Nem preciso dizer que meu coração começou a dar sinais de paixão. E não teve nenhuma outra que tivesse me despertado interesse naquela festa… Bem no cair da tarde, os mais jovens se apartaram do restante da festa, fomos para o fundo da casa conversar, deixando a veiarada no alpendre da casa sede conversando, outros jogando baralho, as comadres fofocando... Os jovens foram conversar em um rancho afastado uns 50 metros da casa onde estava acontecendo a festa. Estávamos em oito. De todas as moças que estavam naquele nosso grupo, a que estava me querendo era a mais jeitosinha. Cada um dos rapazes escolheu a sua e ficaram naquela conversa mole, todos meio alegres por conta do álcool... O tempo estava meio carrancudo, e acabou chovendo bastante. Cada um foi procurar um canto para dar uns malhos em suas gatinhas, ficar na pegação. Acabei ficando com a moça por ali mesmo, escondidos no fundo do galpão. Ela era uns 2 anos mais velha que eu, não era muuuuuito bonita, mas tinha um corpo feito, seios grandes que espetavam a camiseta, compridos, pontudos… pareciam cones! Ela com cara de "e o que vamos fazer agora"... Acabei agarrando a moça e dando uns malhos safados. Assim que beijei sua boca, senti um gosto forte de café quentinho. Estava quente feito fogo! A coisa esquentou pra valer quando levantei um pouco sua camiseta e alisei sua barriga e as costas. Causei um arrepio na menina, que gemeu em desespero, até parecendo nunca ter recebido uma carícia mais safada. Notando uma receptividade por parte dela, segui com minhas bolinagens, desci a mão pelas costas ossudas, apalpando e apertando com força, abrindo caminho para um carinho mais aconchegante… passei beijar as mamas pontudas por cima da camiseta, mordia a ponta...😁😂🤣😄😅.. ela dizia: —ai,ai,ai,aiai,ai,ai tá doendo....para oooohhh!!!!!! A moça perdeu de vez o juízo, e só falava que aquilo era uma loucura, que sua cabeça estava rodando, estava com calor… Segui com meu trato... uma mordida aqui e acolá A moça ficou fora de si, me beliscava e arranhava as costas… Nem quis saber de nada, aproveitei que a chuva estava malhando sem dó, olhei em volta, e não se enxergava um palmo fora do coberto do rancho… Encostei a moça em uma bancada de madeira onde havia ferramentas e outras tralhas, desci sua bermuda até a altura dos joelhos e apliquei sessão de beijos e sugadas em sua barriga branca com leve saliência no ventre, e desci em direção as pernas grossas peludas. Deixei a moça, que tinha uma carinha de sonsa, daquelas criadas com a vovó, trêmula, sem ação! Aquilo me deixava maluco! Ela dava tapas na minha cabeça, me mandando parar com aquilo. Em certo momento da nossa sacanagem, ouvi dela uma coisa que já havia escutado pela boca de muitas outras: —Algumas moças comentavam na cidade este meu "costume feio" e sujo para aquela época! Ouvi sua voz trêmula, demonstrando um nervosismo fora do comum: —eu gostei de tu pião!💕💞💌 Ah meu povo, aquilo me deixava maluco! Mordi com força sua barriga, e depois de deixar a moça quase chorando de AMORE, tremendo igual vara verde na ventania, iniciei o desentupimento, tasquei um beijão de desentupi pia na sonsinha! Foi em pé, encostado naquela bancada! Ela era pouca coisa mais baixa que eu, um palmo mais ou menos. eu com o coração quase saindo pela boca... Perguntei a ela se estava pronta. Não me disse nada, estava entregue, olhos entreabertos, boca tentando murmurar alguma coisa, mas nada disse, apenas suspirava forte, ofegante, esperando para ser feita mulher. A moça escorou-se com os punhos cerrados na bancada, mordeu os lábios, e prendeu o cabelo em um rabo de cavalo solteiro.....porque.. meu povo. Cabelo seco é igual a ladrão o tá preso ou tá solto.. rsrsrsrsrsr Eu adorava aqueles momentos! Nova sessão de súplicas e gritinhos, meio grunhindo, jogou a cabeça, balançou os cabelos, mas não fugiu ou pediu arrego, ao contrário, suplicante falou quase sem fôlego: —aiii betooooooohhhh!!! A chuva caía sem dó, ventania e trovoadas… Pelo horário, a tarde estava sumindo, e com nuvens grossas de tempestade, o local ficou escuro. Parei por um instante, peguei seu rosto com calma, beijei sua boca, senti seus lábios secos. Naquele momento, outra moça virgem perdia o juízo! Pedia suplicante: Consegui fazer a danada gemer um pouco, meio desajeitada, envergonhada ou sei lá o quê. como a de outras tantas que se aventuravam a dar "voltinhas" comigo em locais desertos ou escurinhos. Segurei as pontas até onde deu......... Me acabei! Refeitos da nossa loucura, nos abraçamos, trocamos beijos, e como em algumas outras muitas vezes, ouvi os lamentos da mocinha: - Que loucura que fui fazer… você leva agente no papo… agora não sô mais virgem… meu pai vai me matar… você vai ficar comigo, né… agente vai casar né … não vamos?! E eu, óbvio que concordava com tudo. Falava tudo que elas queriam ouvir! Que me casaria, seria dela para sempre, e de nenhuma outra… blá blá blá. Em breve momento de lucidez, assustou-se, preocupada por estar sozinha comigo, onde estariam os outros que estavam por ali conosco. Acabamos de nos arrumar, ela estava toda "amarrotada" a levei pela mão até a beirada do galpão, e pela breve calmaria da tempestade, conseguimos ver a casa onde estava acontecendo o churrasco, povo conversando, bebendo e comendo. A mocinha sorriu quando uma rajada de vento nos atingiu, molhando nossas roupas, e por fim, a puxei para a lateral do galpão e ficamos namorando na chuva. Ela nem sequer pensou naquilo, estava nas nuvens. Havia se tornado mulher, tinha arranjado um namorado, futuro noivo e marido dedicado! Lembro que durante aquele amasso na chuva, ela sorria falando o quanto eu era lindo, que aquilo era um sonho, que não conseguiria dormir aquela noite... Lembro de ter saído com ela mais umas duas ou três vezes, e como todas as outras, ficou maluca, doida e sempre enciumada. Sempre me cobrando para ir falar com seus pais e formalizar nosso relacionamento, afinal de contas, eu havia "roubado" sua pureza, a transformando em uma mulher feita! Ahãm...Capaz mesmo! Kkkkkkkk Eu sei, eu sei… Eu era um cafajeste!E apelaram comigo até umas horas! O Véio dando uns tapas nas costas do meu pai, falou: - Esse tar de Beto é terrívi, esse é teu fio, cumpadi… vai precisá capá esse moleque sé vergonha! A esposa do Véio olhando incrédula para o marido, tentando digerir o que ele havia acabado de falar, os filhos rindo… Minha mãe e tia fizeram aquela cara de quem fingia não ter ouvido. Meu tio foi o único que me defendeu: - Ninguém vai capá o garanhãozim lôrim aqui… né fio, ocê é o orguiu do tiu! Não tardou começou chegar correio elegante nos cartões. Tinha em formato de coração, com flores, marcas de beijos… Minha irmã mais nova já amarrou a cara e acabou a festa pra ela. Precisei me sentar do lado dela e dar atenção para a italianinha ciumenta. Lembro do meu pai e mãe receber recados endereçados aos sogros dos sonhos. Kkkkkkkk Minha mãe achava aquilo um absurdo, comentando com a minha tia, ambas com a cara amarrada, o quanto eram assanhadas as moças daquela época. Imagino meus pais e tios vivos, assistindo o que acontece nos bailes de hoje em dia! Meu pai riu, coçou o bigodão, arrumou o chapéu na cabeça, estufou o peito e falou todo orgulhoso, piscando pro Véio e meu tio: - É muié, quem mando nóis caprichá no nosso italianim… tá ai o resurtado! Momentos como aquele levarei comigo para o caixão!⚰ O Véio estava com sua esposa e dois dos seus filhos. O do meio e o mais novo, que regulava de idade comigo. Eram gente boa, mas não se enturmavam com o pessoal do lugar, estudavam fora, sofrendo muita influência dos tios cariocas por parte de sua distinta e elegante mãe. E comemos leitoa assada, frango, eu comprei tudo que era doce, bicho de pelúcia e bonequinhas para minhas irmãs… Em ocasiões como aquela, também mandava flores para minha tia, mãe, irmãs e todas as mulheres que estavam em nossa turma. E muita conversa, risadas, os compadres dos meus velhos parando e cumprimentando todos, eu de olho nas gatinhas… Quando iniciaram as vendas das cartelas, passava das 20:00hs. O local ficou ainda mais lotado. Quando começou o sorteio, todos em silêncio, só se ouvia o chiado das chapas fazendo lanches, as gorduras das carnes em espetos pingando no carvão, tampinhas de garrafa estourando ao serem abertas e o riscar de canetas nas cartelas sobre as mesas de lata! Que saudade! Não tardava algum gritava: - Deu aqui… Era um momento de alegria e muita algazarra. Um e outro reclamavam… - Sporca miseria...fiquei por um! O bingo ia longe, passavam horas naquela brincadeira. Quando minhas irmãs começaram a dar sinais de cansaço, ficavam mal humoradas, e nada mais agradava às pequenas. Era hora da família ir embora. Passava das 22:00hs, quando meu pai anunciou que estaria voltando pra fazenda. Meu tio também foi se arrumando, minha tia cansada… Perguntaram só por perguntar se eu ficaria na festa! Óbvio que eu ficaria! Meu tio me deu um abraço, conselhos para eu não arranjar encrenca. O Véio ainda ficou um pouco mais, e disse que qualquer coisa estaria de olho no peãozinho aqui. Me despedi de toda minha família, que prometeu voltar no outro dia, afinal aquela festa durava alguns dias. Assim que saíram, me sentei do lado daquele que um dia cuidaria de mim na ausência da minha família. Fiquei ouvindo ele contar como eram as festas na época de sua juventude, de como se lembrava do meu avô, do meu pai e tio quando eram rapazes… Sua esposa contando como eram as festas em sua terra natal, a antiga capital federal do Brasil, o lindo Rio de Janeiro. Apesar de jovem na época, eu nunca perdia a oportunidade de ouvir um homem mais velho contando suas histórias de vida. Aquilo me prendia atenção, acredito que por isso eu era muito querido por alguns velhos boiadeiros da região, mesmo existindo uma imensa diferença de idade entre nós. Até hoje falo sem receio, queria ter nascido uns 30/40 anos antes! Assim que o velho boiadeiro e meu futuro patrão anunciou sua partida, os comprimentei com abraços sinceros, promessas de nos encontrarmos no outro dia. Deixamos as seis mesas vazias, muitos outros estavam indo embora, só restando a rapaziada no local. Quando acabava o sorteio do bingo, ligavam um "tape" e deixavam tocando músicas. Mesmo com os mais velhos indo embora pela proximidade da hora grande (00:00hs), a quantidade de moças e rapazes era absurda no lugar. Tratei de circular e caçar alguma gata, afinal, menina querendo me namorar e dar uns agarros era o que não faltava. Fui até uma barraca de bebidas, comprei meia dose de FERNET, bebida amarga, bem forte. Circulei no meio do pessoal, logo topando meu amigo, neto de um velho açougueiro amigo da família, o Joãozinho. Aquele era prego batido e ponta virada! Disse que havia me visto com a família, mas não quis chegar, apesar de ser muito bem vindo em nosso meio! Ele era órfão de pai e mãe, e não gostava de ficar em locais onde haviam famílias… Sugeriu ir até a rua de trás olhar o parquinho e andar em algum brinquedo. Caçoei da cara dele, dizendo que aquilo era coisa de criança… E de fato, mesmo pequeno, nunca gostei de "andar em brinquedos" de parquinho. O João lembrou que o lugar deveria estar cheio de gatas. Pronto, o bandido me convenceu na hora! Antes passei na sorveteria para reforçar o estoque de halls. A Andreia não estava lá naquele dia, nem a Tica, velhas amigas dos tempos que estudei na cidade e outras coisas mais. Assim que chegamos no lugar, vi carrinho de bate-bate, roda gigante, tiro ao alvo, marreta para medir força, carrossel, roletas de prêmios… tudo que tinha em um parque, se encontrava ali. Os casais de namorados lotavam a fila da roda gigante, outros no carrossel com suas amadas. Assim que chegamos, notei alguns olhares preocupados por parte dos enciumados namorados. Kkkkkkk O João se divertia com aquilo, e não fazia por menos, ficava me cutucando e apontando pros casais: - Óia lá Betão, o rapaz tá brabo... E logo chegou parte da nossa turma. Moças e rapazes que sempre estavam pela vila quando eu aparecia. Eu tinha muitos conhecidos naquela região, e era respeitado. Não por eu ser briguento e não levar desaforo pra casa, pelo contrário. Eu respeitava a todos. Quer dizer, quase todos! Havia uma turma na cidade que não topava comigo de jeito nenhum. Eram os jovens da minha idade, filhos das "boas famílias" do lugar. Quando criança até tive contato com alguns deles, mas não foi longe aquilo. Lembro de quando era molequinho, aos sábados de missa, enquanto minha mãe e tia iam rezar, eu ficava com meu pai e tio no entorno da igreja. Os velhos ficavam fumando, falando de negócios… Certa vez, brincando e correndo com a molecada da cidade, vi alguns da turma, incluindo um molequinho magrelo, alto para a idade, filho do dono do mercado tirando sarro de uma família que ia passando em uma carroça. Falou que eram matutos, e que nunca teria coragem de andar em uma carroça feia daquelas. Como diziam os antigos… "a fruta nunca cai longe do pé". Ouviam aquilo em casa, e só replicavam os ensinamentos! Foi bem na ponta da praça, e quando me reconheceram, do alto da carroça me chamaram acenando as mãos: - Ou Betinho… tudo bão, fio… Pela criação que tive, aquilo ficou estranho. Lembro de ter contado de forma inocente para meus pais quando chegamos em casa. O pai me aconselhou não me misturar com aqueles moleques granfininhos! E assim fui me afastando daquelas tangas-frouxas. Algumas daquelas famílias só possuíam a pose, viviam dos nomes dos antepassados. Meu tio fazia graça dizendo que alguns daqueles "posudos", só tinham o "cú e a catinga", nada mais restava das fortunas herdadas! As meninas me beijaram, abraçaram, disseram o quanto eu estava bonitão, cheiroso… kkkkkkkkk Confesso que passei a vara em boa parte daquelas "amigas". E como sempre, pra fazer a alegria da minha turma, fui até a bilheteria comprar os ingressos para andar nos brinquedos. Posso falar com orgulho que por onde andei, a mísera correu longe! Comprei mais de 100 ingressos, deixando o João na tarefa de distribuir para nossa turma e para a molecadinha da vila que ficava de olho comprido querendo andar nos brinquedos, mas sem condições financeiras. Aquilo me cortava o coração! Lembro que foi a maior festa, a pivetada gritando me agradecendo, nossos colegas na maior algazarra indo lotar as filas dos brinquedos... Que saudade! Nisso de ficar fumando no meu canto, paquerando e escolhendo quem eu iria levar pra "passear" comigo, chega o dono do Parque de Diversão. Veio me agradecer por ter comprado aquela quantia e distribuído pra molecadinha. E engatamos na prosa! Eles eram da capital, e rodavam todo o Estado de São Paulo naquele ofício de levar diversão. Era um sujeito mais alto que eu, albino, cabelo e barba branca, vermelho igual um tomate, sem falar no sotaque diferente! Minha turma se divertindo, eu só de olho no movimento, caçando com os olhos, quando ela apareceu saindo de um trailer próximo à bilheteria. Veio caminhando para o nosso lado, e à medida que se aproximava, pude notar como era linda de rosto, cabelos loiros compridos, quase brancos balançando ao toque da brisa em seu belo caminhar. Loira, cabelos lisos bem longos, quase da minha altura, olhos verdes clarinhos, uma boca linda, rosadinha! Estava vestindo um jeans, tênis de pano, jaqueta pesada que cobria abaixo de sua cintura, dificultando análises mais detalhadas… Devo dizer que por instinto e criação, tirei meu chapéu da cabeça me alinhando dentro das botinas. Parou na nossa frente e disse olhando para o dono do parque: - Pai, até que horas o senhor quer que eu fique aqui… tô com fome, quero ir comer um lanche! O homem meio atrapalhado, nos apresentou, de olho na bilheteria: - É... olha filha, este é o rapaz que comprou aqueles ingressos todos, ele é daqui da cidade… Logo estendi minha mão dizendo meu nome… a loirinha se chamava Patrícia, mas podia chamá-la de Pati. Ela tinha uma mãozinha macia, delicada. Tinha olhos espertos, cílios e sobrancelhas de pelinhos dourados. Imagine o resto como deveria ser, pensei! O dono do parque, me pediu licença, dizendo que precisava voltar para a bilheteria. Antes de nos deixar, disse para a moça que estava liberada para ir procurar alguma coisa para comer. Mais ligeiro que uma lebre fugindo da cachorrada, a convidei para comer alguma coisa na praça, afinal ela estava na minha região e nada mais justo que eu acompanhá-la. Ela sorriu do meu jeitão de falar, segurando o chapéu nas mãos, me mediu de baixo acima, pensou um pouco e disse: - Até que não é uma má ideia… Olhei pro lado, vi o João com cara de quem sabia o que eu iria aprontar! Iniciamos nossa vagarosa caminhada até a praça, onde o que não faltavam eram barracas de comidas. No trajeto fomos nos conhecendo, ela contando de suas viagens, eu falando do meu dia-dia… Assim que chegamos na praça, que ainda estava lotada de pessoas, mesmo tendo passando e muito da meia noite, todos ficaram olhando para a moça Patrícia. Alguns que me conheciam faziam cara de: "ah coitada, outra que vai entrar na vara", daqui a pouco! Kkkkkkk (Devo destacar que fiz por merecer minha péssima fama) Perguntei o que ela gostaria de comer. Respondeu que um lanche grande, afinal estava com fome! Fomos até uma barraca que fazia aqueles lanches de pernil. Paguei pelo lanche e pedi uma coca-cola de litro, e que fosse ligeiro, a moça tinha fome! Patrícia agradeceu e perguntou se eu era sempre tão generoso e cavalheiro daquele modo. Respondi sendo eu mesmo, que só quando estava acompanhado de uma moça tão linda quanto ela. A loira sorriu meio sem graça, me encarou com aquele rosto alvo, e mandou uma no meu peito: - Você deve falar desse modo pra tudo que é menina, isso sim, ou não? Fiz cara de indignado, falando que era bem sossegadão… nem namorada eu tinha. Mentiroso!!!!! Ela fingiu acreditar, e mostrando ser bem pra frente, moça de cidade grande, viajada no trecho, mandou outra na minha lata: - Sabe Betão, tua cara não engana… tem um jeito de ser danado que só, namorador! Eu sorri amarelo, tirei o chapéu, fiz cara de molecão caipira da roça! Arrematou dizendo uma coisa que só mulher para perceber: - E outra, porque tem um monte de meninas olhando pra nós… olha lá heim, não quero apanhar neste lugar! Olhei em volta e de fato havia algumas paqueras da região me olhando com caras bem descontentes em grupinhos! Incluindo a moça que havia me mandando um correio elegante falado, lembrando o dia da "chuva", data que mandei ela, pros lados do cafundó dos seus avós! Esta tinha ódio e rancor estampado no rosto. Como bom cafajeste, nem me importei que "a mula era manca", e voltei minhas atenções todas para aquela lindeza. O lanche da menina loira chegou, e logo a "marvada" devorou com uma fome sem tamanho! E ficamos de prosa até depois da uma hora da matina. O povo foi raleando na praça, minhas paqueras raivosas sumiram de nossa vista, e a conversa rolava solta entre eu e a moça do parquinho! Lembro que ela me perguntou o porque me vestia "engraçado" daquele jeito, parecendo um cowboy dos filmes de bang-bang no velho oeste. Disse a ela, que se não estivesse com muita pressa de voltar para o parque, mostraria a ela o porque eu me vestia daquela forma. Aquilo despertou a curiosidade da loira, que terminando de beber a coca-cola, me pediu um cigarro. Assim que ofereci um dos meus, ela olhou no maço e disse: - Só podia ser Marlboro, né cowboy! Rimos bastante, e depois de tragar algumas vezes, disse que queria dar uma volta na praça da matriz. Já fui me levantando e na sequência abri caminho para aquela flor dos cabelos dourados. Era linda demais a Patrícia! Assim passamos pela frente da velha Matriz, caminhando um do lado do outro, ela me perguntou o que iria mostrar a ela… Estendi minha pata, peguei em sua delicada destra e a conduzi até o local onde havia deixado o meu "carro" Castanho de quatro patas. Me seguiu, subimos a escadaria que era fechada pelo alto pelas velhas Sibipirunas plantadas em ambos os lados. Ela só rindo e querendo saber para onde a estava levando: - Olha lá Betão… aonde você vai me levar menino! Assim que atravessamos a rua, paramos em frente a velha oficina de carroças, charretes e arados de tração animal. Pedi para aguardar ali na calçada, que ia tirar meu "carro" da garagem. Patrícia olhando curiosa para a velha oficina, concordou rindo, sem entender nada! Abri o portão, entrei pela lateral da casa, indo parar no fundo do galpão da oficina. Não demorei nem 5 minutos, e logo que me avistou chegando trazendo um cavalo puxado pelo cabo do cabresto, ria feito criança com as mãos unidas sobre a boca: - Então você é um peão de verdade… E riu sem parar, demonstrando surpresa e euforia em seus grandes olhos verdes! Fechei o portão, tirei o Ligeiro na rua, apertei as barrigueiras do arreio, conferi tudo… Coloquei minha calça de couro, calcei as esporas, ficando pronto. Patrícia ficou fazendo carinhos no focinho do Castanho, que adorava moças de mãos delicadas acariciando suas ventas. Era igual o dono… kkkkkkk Assim que montei, estendi a mão a convidando para montar na garupa. A moça incrédula, parece que não acreditando naquilo me fala: - É sério mesmo, vai me levar pra passear nesse cavalão! A peguei pela mão, erguendo aquele corpinho elegante, coloquei a loira na garupa do Castanho. A menina grudou em mim feito um carrapato, rindo feito criança, sacudindo seus bracinhos em volta da minha barriga dizendo que não estava acreditando naquilo. Sai em passos lentos, dizendo que a levaria para um passeio pelas ruas da cidade, conversando com meu amigo equino: - Cuidado meu Ligeiro, tem uma flor na tua garupa… A loira riu da forma que falei com meu cavalo! Fui mais adiante, desci uma rua que dava acesso à avenida que levava ao bebedouro dos cavalos, precisava cuidar do meu amigão Castanho. E fomos naquele passo lento do meu cavalo, sem pressa, aquela lindeza grudada em mim, vez por outra ela fazia carinhos no meu abdômen, raspava seu rostinho lá e cá nas minhas costas... Estava uma delícia aquele passeio, mas tão logo chegamos no bebedouro, local mais descampado, sentimos um ventinho gelado. A moça reclamou, dizendo que estava mal agasalhada, que deveria ter pego outra blusa. Senti aquela lindeza ter tremores, tentando se esquentar nas minhas costas. Deixei o Ligeiro beber um pouco d'água, e quando fez menção de sair do local, sugeri a moça que saltasse da garupa, que iria dar um jeito em seus tremores por conta do ar frio da madrugada. Assim que desci a moça, pulei igual gato do lombo do Ligeiro, corri a mão no porta capas soltando as fivelas, pegando minha capa boiadeira e minha jaqueta. Coloquei a jaqueta de couro forrada, e a ela ofertei a capa. Agradeceu o gesto, e quando a cobri com a capa, a "Três Coqueiros" ficou arrastando no chão por ela ser um pouco mais baixa que eu, Patrícia me agarrou com um bote parecido com os de uma onça. Enfiou seus braços por dentro da minha jaqueta, me cravou as unhas nas costas, fez alguns carinhos no meu peito com aquele rostinho lindo, e só depois ergueu seus lábios pedindo com voz suave quase rouca: - Me dá um beijo, Betão!🎡🎠🎢 Naquela hora, se tivesse levado meu revólver, teria descarregado a munição do tambor em uma salva de tiros pro alto! A precária luz de um poste de madeira perto de onde estávamos me permitia vislumbrar os contornos daquele rosto perfeito, traços delicados, narizinho bem feitinho, boca rosa clarinha parecendo uma pétala de flor. Nos beijamos com uma paixão, sôfregos. Quase devoramos um à boca do outro. Lembro da Patrícia ter uma linguinha gostosa, e salivava muito durante o beijo! A malvada beijava chupando minha língua e lábios. Era uma diabinha! Senti calor na hora, sempre fui fogoso igual um potro puro sangue! Desci meus beijos pelo pescocinho da loira, que suspirou, arranhou minhas costas, arrepiou-se e não foi de frio! Me pediu com aquela voz macia: - Não faz assim, Betão… eu fico louca, gato! Trocamos o maior amasso naquele local deserto. O Ligeiro pastava tranquilo em nossa volta, rédeas soltas… Ficamos um bom tempo naquele amasso gostoso, trocando saliva, eu com o tesão no gargalo, arrochei ela com força, e nessa hora, assim como outras tantas… assustou, parou o beijo, afastou-se e procurou meio incrédula o "objeto" que havia cutucado sua barriga! Me olhou com a carinha meio receosa, sorriu sem graça e perguntou: - Que isso Beto? Eu ri da carinha dela e disse que devia ser meu "fivelão". Caímos na risada, e tornamos nos agarrar, só que agora com mais tesão ainda. Toda vida amei moças dengosas que faziam carinhas e vozes manhosas na hora dos amassos. Eu ficava igual potro colhudo na primeira monta em égua! Ela quem se esfregava em mim, tentando sentir meu "fivelão", estando espetado pro lado esquerdo da rancheira. comecei a apalpar sua bunda, que não era pequena, apertar seus peitos, que pelo volume por baixo da jaqueta, deveriam ser bem crescidos… Pati perdendo a compostura de vez, desceu a mão e encheu a palma no meu traseiro carnudo que eu tinha herdado da minha mãe mulata de nascença. A moça falou o que lhe veio à mente na hora com voz sensual de admiração: - Nossa, grandão...como tá duro seu bumbum…parece que tá inflado…não dói. quando apalpa? Isso que ela havia segurado por detrás da calça! E alisou apertando com força, parece até que tentava arrancar um pedaço com suas unhas de pantera, percorrendo da coxa até a cintura da cinta, ponta rombuda da bitela! Dali por diante foi só instinto de ambas as partes. A branquinha ficou foguenta, me mordia o rosto, queixo, no peito, boca, arranhou meus ombros. Amei aquela "violência" toda! Sugeri a ela sairmos daquele local. Estava deserto, mas ali não era lugar de dar um trato em uma flor daquelas. Concordou, e nem quis saber para onde a levaria. Peguei o Ligeiro, que mascava a grama estrela que crescia em volta do bebedouro, peguei estribo e saltei no lombo. Logo subi a flor branca na garupa, que teve que segurar a capa enrolada nos braços… e saímos em trote rumando pro cafezal onde eu cortava caminho ao voltar para nossa fazenda. Era perto, acho não gastei 15 minutos, e logo estava rompendo caminho pelas ruas do velho cafezal. A loira não dava um pio, limitava-se em alisar minha barriga e beijar meu ombro e costas. Vez ou outra me arrancava suspiros quando apertava o bico dos meus mamilos no meu peitoral definido de lida de vida no campo! Bem mais adiante, em uma das ruas onde o cafezal estava mais falhado, fiz parada. Ali não era local, em uma noite fria, serenando, mas quando se é novo, certas coisas pouco importam quando o tesão vai a mil por hora! Desci a linda na terra fofa, saltei do Ligeiro, e fui providenciar uma cama estradeira pra nós. Amarrei o Castanho em um dos pés de café, soltei as barrigueiras do arreio, tirei os baixeiros e arrumei no chão, de forma a forrar o local. Por cima, forrando nosso "ninho", joguei meu pelego grande e minha baldrana… Estava feita nossa cama! A menina sem dizer nada, ria curiosa, e perguntava o que estava aprontando naquele lugar. O céu estava estrelado, e pela pouca luz emanada pelas estrelas, a brancura daquele rosto destacava-se no local. Agora quem atacou a linda, fui eu. Enfiei meus braços por dentro da capa e abracei ela como nunca tivesse abraçando-a antes na minha vida. Me afastei dela por um breve momento… Nem me importei com a baixa temperatura é a lua cheia que fazia.... Falei em tom de ordem: - Vem vamos fazer amor ! A loira veio pro meu lado, e quando segurou meu braço bem de leve, senti o quanto suas mãozinhas estavam geladas. Soltei um gemido abafado que causou graça na linda… rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrs Apertou dando uma leve elogiada nos meus braços fortes, meio torcendo para que aquilo tudo não fosse uma utopia mais um sonho surreal Vibrei e as veias pulsaram furiosas, motivo de espanto para a Patrícia: —Nossa....assim você me deixa louquinha gato!!! Nos atracamos outra vez, beijos e carícias desesperadas. Pati não largava dos meus braços, apertava cada vez mais forte, me deixando encabulado pelo seu elogio lisonjeiro. Sugeri deitar sobre nossa cama estradeira, e fomos nos arrumando sobre minhas tralhas… Retirei a capa que cobria seu corpo, dizendo que ela seria nossa coberta. Patrícia sorriu! rsrsrsrsrsrsrsrsrsr esse jeitinho que você me trata me faz arrepia e sentir um calorão no corpo, aiii você é tudo, o homem dos meus sonhos....
Escrito e enviado na data de 23/05/2023 : por João morador de Presidente Sarney Eu sou Joãozinho Barba Branca, um pião boiadeiro bom de vaquejada. Nasci em 1780, em uma época em que a vida era mais difícil. Não havia tecnologia, nem TV, mas havia uma vida aventureira e sofrida. Para comer, tínhamos que plantar, regar e colher no período certo. Mas eu encontrei na minha vida amargurada uma moça jovem e bonita, loira de cabelos compridos até a bunda e sotaque de mineira. Ela era bem formosa e por onde passava os machos assobiavam. Era filha de um fazendeiro rico lá do sertão, chamada de Izabel Peixeira, nome e apelido carinhoso da família por ser a caçula das três irmãs. Eu gostava de derrubar o boi na faixa e caçar paca, cutia e tatu nas horas vagas que não estava vaquejando. Mas eu fiquei só na amizade com Izabel, pois ela era muita “areia pro meu caminhão”. No entanto, o final da minha história sofrida tem um final engraçado, feliz e sortudo de muita motivação quando achei um dente de...
Enviado e escrito por José Maria e Zé Peão do município de Presidente Sarney Bom dia meus compadres e comadres, tudo bom com vocês. Por aqui, chuva, tempo bom para pastagem e roçados… Dia carrancudo e chuvoso, bom para contar uns causos. Pois bem, vou tentar colocar em palavras os acontecimentos daquela viagem, e dos dias seguintes. Após alguns fatos ocorridos em minha vida no ano anterior, mesmo não precisando, fui trabalhar para aquele velho boiadeiro, amigo da minha família, que todos chamavam de véio. Quem acompanha meus causos sabe que o Véio tinha 3 filhos. O mais velho, eu pouco tinha contato, o do meio, era razoável, já o mais novo, que regulava minha idade, era mais gente boa. E foi justamente o mais novo, que naquela época se encontrava perdido na vida. Coisa de quem tem grana, sendo criado em berço de ouro. Não por causa do pai, afinal o véio, com toda sua fortuna, era simples igual um painel de Jeep, e bruto igual uma argola de laço. Esse mimo todo, que acabou estragando os...
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